Leandro Silva, do A TARDE
A combinação do vermelho com o preto, definitivamente, não deu muito certo neste domingo, 8, no Barradão. Na preliminar do Ba-Vi, uma equipe com o azul predominante no uniforme, o São Francisco, contra outra rubro-negra, o Flamengo.
E a primeira foi que também teve motivos para fazer a festa, com a oitava volta olímpica consecutiva no Campeonato Estadual, ainda da temporada 2008. E o campeão marcou um gol para cada um troféu da galeria: um 8 a 0 para lavar a alma.
Sem adversários à altura no futebol feminino baiano, o treinador do São Francisco não deve nem se emocionar tanto, não é? “Que é isso, rapaz. O campeonato desta vez foi muito bom por causa da presença do Bahia e do Vitória. Este título teve um sabor especial porque a gente mostrou que mesmo com a estrutura do Vitória, que está na primeira divisão no masculino e do Bahia, nós conseguimos ficar com o título. No último ano, a gente nem fez muita festa, mas agora tem que comemorar”, diz o comandante campeão Mário Augusto.
O discurso do treinador, no entanto, contrastou com a festa tímida das suas atletas. Emoção, de outra natureza, foi possível ver na goleira do Flamengo, que não conteve as lágrimas e em algumas jogadoras que escondiam as medalhas de prata.
As artilheiras da tarde foram Alana, três vezes; Jumaria, Pati Soares, Pati Gonçalves, Fafá e Mimi. Com os três gols, Alana chegou aos 13 tentos marcados durante a competição e recebeu o troféu de goleadora.
Forra – O Flamengo foi o único time que conseguiu impor uma derrota ao campeão, ainda na primeira rodada do certame. No jogo de ida da final, no entanto, o São Francisco já tinha ido à forra com uma goleada de 4 a 1. O placar deste domingo serviu apenas para confirmar o título e para mostrar quem é que manda no futebol feminino baiano.
A hegemonia do São Francisco do Conde, no entanto, pode estar com os dias contados. Se festejou o fato de ter vencido equipes de maior estrutura como a do Vitória, Mário Augusto não descarta migrar, junto com suas comandadas para o rubro-negro.
“O Vitória, há oito anos, sempre faz uma proposta pra levar a gente, mas sempre foi inferior à do São Francisco. Se a proposta for irrecusável, a gente tem que ir. A gente gosta da cidade, tem o apoio da prefeitura, mas tem que ver o lado profissional”, diz Mário Augusto.
SÃO FRANCISCO 8 X 0 FLAMENGO
São Francisco – Miriam, Índia, Viola (Ana Maria), Drica e Fafá; Claudinha, Pati Soares, Sheila (Fabiana), Jumaria; Ninha (Pati Gonçalves) e Alana.
Flamengo– Gil, Meire, Lucilene, Jacuí e Jade; Ana (Adriana), Edna, Amanda e Geisa; Michele (Juliana) e Adriana (Kika).
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